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Vida Plena

by Catarina Branco

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1.
Como assim arranjar um poço? Eu já ‘tou no fundo do poço A minha vida é uma merda Ai, ui.. Já ‘tou num poço, já ‘tou num poço… Parabéns pela vitória Continuo aqui sem uma escapatória Não sei o que vem a seguir na história Sou atraiçoada pela tua memória E eu já caí no fundo Tudo o que acontece é sempre tão profundo Já não sei se vivo neste ou noutro mundo Quando arrasto o meu cérebro infecundo Eu já ‘tou num poço a sufocar (Eu já ‘tou num poço, eu já ‘tou num poço) Eu já ‘tou num poço a sufocar (Eu já ‘tou num poço, eu já ‘tou num poço) Enfiei-me num buraco Vi a tempestade naufragar o barco Chamei o carro peguei o meu casaco Ponto final no meu lado fraco Sei que sou uma confusão Mas não é suposto sentir-me sem chão Minha casa assim não é minha não Leva tudo que eu já levo a razão Eu já ‘tou num poço a sufocar (Eu já ‘tou num poço, eu já ‘tou num poço) Eu já ‘tou num poço a sufocar (Eu já ‘tou num poço, eu já ‘tou num poço)
2.
Não me importo mais com o pôr do sol lá fora Já nem sei o dia em que muda a hora Toda a natureza é-me indiferente Prefiro vê-la num ecrã inteligente Solitário, Sudoku Sem ti sou Solitário, Sudoku Solitário, Sudoku Sem ti sou Solitário, Sudoku Não me importo mais se tudo vai dar certo O meu mapa astral não está sempre correcto Esqueci o sabor duma fruta silvestre Já nem sei o que é a paisagem rupestre Solitário, Sudoku Sem ti sou Solitário, Sudoku Solitário, Sudoku Sem ti sou Solitário, Sudoku Solitário, Sudoku Sem ti sou Solitário, Sudoku Solitário, Sudoku Sem ti sou Solitário, Sudoku
3.
Nunca joguei Pokémon Go Nunca apanhei um Slowbro Não sei se é mau ou se é bom Mas nunca joguei Pokémon Go Na realidade virtual das pokébolas É bem mais fácil encontrar-me Tudo é bonito, tudo é singelo O sol fica mais amarelo Nunca joguei Pokémon Go Nunca apanhei um Slowbro Não sei se é mau ou se é bom Mas nunca joguei Pokémon Go Na realidade virtual das pokébolas É bem mais fácil encontrar-me (é bem mais fácil encontrar-me) Tudo é bonito, tudo é singelo (tudo é singelo) O sol fica mais amarelo Nunca joguei Pokémon Go (Pokémon Go) Nunca apanhei um Slowbro (Um Slowbro) Não sei se é mau ou se é bom Mas nunca joguei Pokémon Go
4.
Cintalho 02:46
Mas quem diria que um dia Ia mesmo acontecer Duas miúdas pegarem Neste cinto de prazer Eu vou pegar no cintalho Sem qualquer preocupação Os artifícios são amigos Que ajudam à animação Cintalho, cintalho Não fujas de mim Cintalho, cintalho Eu necessito de ti Mas quem diria que um dia Ia mesmo acontecer Duas miúdas pegarem Neste cinto de prazer Eu vou pegar no cintalho Sem qualquer preocupação Os artifícios são amigos Que ajudam à animação Cintalho, cintalho Não fujas de mim Cintalho, cintalho Eu necessito de ti Na sociedade falocêntrica Não há espaço pra falar De micro-falos, impotência Ou de um prazer irregular Cintalho, cintalho Não fujas de mim Cintalho, cintalho Eu necessito de ti Cintalho, cintalho Não fujas de mim Cintalho, cintalho Eu necessito de ti Cintalho, cintalho Não fujas de mim Cintalho, cintalho Eu necessito de ti
5.
Expresso A8 01:21
6.
Papa-papagaio robot Com pássaros verdadeiros num aviário Papa-papagaio robot Com pássaros verdadeiros num aviário Penso que o computador É um mecanismo p’ra chegar À mente das pessoas Penso que o computador É um mecanismo p’ra chegar À mente das pessoas Papa-papagaio robot Com pássaros verdadeiros num aviário Papa-papagaio robot Com pássaros verdadeiros num aviário Penso que o computador É um mecanismo pra chegar À mente das pessoas Penso que o computador É um mecanismo pra chegar À mente das pessoas Papa-papagaio robot Com pássaros verdadeiros num aviário Papa-papagaio robot Com pássaros verdadeiros num aviário
7.
8.
Gostas de fotos no geral Menos quando ficas mal Retratos e paisagens boas, Fotos de barcos e canoas P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? Gostas de fotos no geral Fazes recortes no jornal: Sol e Correio da Manhã Fazes sessões com a tua irmã P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar? P’ra quê ficares séria quando Tens um sorriso pra dar?
9.
10.
Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Devíamos mudar Tou sempre a adiar Devíamos mudar E pôr a arejar Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Já tem duas semanas De loucuras desumanas Já tem duas semanas De loucuras desumanas Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? Quando é que se muda a cama? A cama... A cama... A cama... A cama…
11.
(Rodas) Então aqui há uns anos Isto devia ser 2012 ou 2013? É importante saber porque na altura não existiam… Quer dizer já existiam smartphones mas nem toda a gente tinha E eu não tinha E isto é importante para a história Tinha ido a um festival em Viana do Castelo E eu nunca tinha ido a Viana do Castelo E ‘tava alojado em casa dum amigo de amigos E só tinha ido lá a casa uma vez P’ra deixar as coisas antes de ir para o festival Quando aquilo acabou Eu já só tava com uma amiga minha Que também só tinha tado em casa desse gajo Para deixar as coisas antes de ir para o festival E quando saímos do festival Tentámos voltar para casa E ficámos horas e horas à procura Pá não fazíamos puto de ideia Procurámos pá, andámos Basicamente já tínhamos cagado em conseguir voltar p’ra casa Pronto e não tínhamos Google Maps, não tínhamos nada disso E não conseguíamos falar com ninguém Até que encontramos um cãozinho Epá e um bocado na chalaça começamos a seguir o cão Porque até tem piada Porque normalmente quando há um cão de rua que engraça contigo Ele é que vai atrás de ti Não és tu que vais atrás dele Mas pronto ele é que tava tipo, Ele tava a ir andando à nossa frente e esperando por nós E nós fomos só seguindo o cão e, Pá e às tantas damos por nós E o cão levou-nos a casa sem nós nos apercebermos Só nos apercebemos no final: “Ah! É aqui!” E pronto foi um bocado misterioso nesse aspecto Foi um cão que nos conseguiu levar a casa por magia É um mistério benigno Não é um mistério muito creepy
12.
Vida Plena 02:09
Sempre que me lembro tento beber muita água Para me sentir sempre muito hidratada Sempre que me lembro tento comer muita fruta Ter uma vida plena essa é a minha luta É tão difícil manter uma boa nutrição É tão difícil manter uma boa hidratação Maior parte das semanas não consigo ir ao ginásio Mas tenho atenção aos meus níveis de potássio: Como uma banana, ao jantar como quinoa Não como animais sou tão boa pessoa É tão difícil manter uma boa nutrição É tão difícil manter uma boa hidratação É tão difícil manter uma boa nutrição É tão difícil manter uma boa hidratação Sempre que me lembro tento pôr creme hidratante Só muito raramente é que uso esfoliante Sempre que me lembro largo logo o telemóvel Evito a permanência na espiral inerte, imóvel É tão difícil manter uma boa nutrição É tão difícil manter uma boa hidratação É tão difícil manter uma boa nutrição É tão difícil manter uma boa hidratação É tão difícil manter uma boa nutrição É tão difícil manter uma boa hidratação
13.
O equilíbrio reencontra-se única e exclusivamente Dentro de si mesmo Nunca em momento algum Podemos achar que vamos fazer uma viagem pó Tibete ou pá Tailândia Seja para onde for e reencontrar o equilíbrio Porque o nosso equilíbrio tá a milhares de quilómetros daqui Não é verdade ele tá mesmo dentro de ti Só que para isso acontecer tens de fazer-te o favor de olhar p’ra dentro Vai doer Vale a pena? Sempre
14.
Tentei parecer uma máquina Como aquela da Fátima Tentei saber a verdade Mas já cheguei tarde Tentei parecer uma máquina Como aquela da Fátima Tentei saber a verdade Mas já cheguei tarde Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim Tentei parecer uma máquina Como aquela da Fátima Tentei saber a verdade Mas já cheguei tarde Tentei parecer uma máquina Como aquela da Fátima Tentei saber a verdade Mas já cheguei tarde Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim Conto até 10 P’ra alinhar os chakras Penso em maneiras de cozinhar batatas Desenho um círculo e penso que sou eu Quem calcula o perímetro do teu O meu casaco mal apertado Meu coração que foi amaldiçoado Pela lua, pelo sol, até pelo ascendente Até arranjar uma desculpa diferente: Stress, trabalho, falta de noção? Ter que te dar sempre toda a razão? Sempre todo o meu tempo? Sempre todo o sentimento: o que eu sinto no momento? Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim Seguro-me até ao fim Ninguém o vai fazer por mim

about

Agradeço em primeiro lugar ao meu painel (Luís, Raquel e Rodas) que acreditam em mim todos os dias especialmente naqueles em que eu não consigo acreditar em mim própria; ao meu pai e à minha mãe por tudo e particularmente pela disponibilidade e capacidade sobre-humana de me apoiarem; ao Tiago (Conan Osiris) e à Rita (Sreya) pela canção oferecida e por todos os dias me lembrarem que não devo ter medo de falar; ao Adriano Fernandes pelo empréstimo do baixo para este disco; ao Gonçalo que me apoiou quando eu mais precisava e sempre acreditou naquilo que eu tinha a dizer ainda antes de eu saber sequer o que isso era; à Chica por ter alinhado em gravar guitarras e vozes lindas; ao Domingos e à Madalena por nos receberem na Vila para gravar pianos; ao Fernão por ter aceite ir até aos olivais gravar sopros; ao Diogo e ao Bá por nos ajudarem com as misturas finais.

O disco dedico-o ao Luís: pelo trabalho, pelo carinho, pela entrega cega e às vezes desmedida, pela verdade e plenitude que me traz.

credits

released March 5, 2022

Composição - Catarina Branco (à exceção de Sol Amarelo, composta por Raquel Pimpão e Luís Severo)
Produção - Luís Severo
Mistura - Luís Severo e Catarina Branco
Masterização - Rafael Silva
Arranjos - Catarina Branco, Luís Severo e Raquel Pimpão
Vozes - Catarina Branco
Segundas-vozes - Raquel Pimpão, Luís Severo, Francisca Ribeiro @x_chica.rib , Rodrigo Castaño
Teclados - Raquel Pimpão, Catarina Branco e Luis Severo
Guitarras - Francisca Ribeiro e Catarina Branco
Baixos - Rodrigo Castaño
Beats - Catarina Branco e Luís Severo
Percussões - Júlio Branco
Sopros - Fernão Biu

Samples de voz - Ana Isabel Dourado em Já Tou num Poço, Rodrigo Castaño em Mistério Benigno, Gustavo Santos em Olhar para dentro

Refrão da Cintalho oferta de Conan Osiris canção escrita em parceria com Sreya.

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Catarina Branco Caldas Da Rainha, Portugal

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